Fim do boleto sem registro: tudo o que você precisa saber

boleto sem registro chegou ao fim e trouxe com isso diversos questionamentos. A modalidade, que era utilizada por muitos empreendedores nos processos de cobrança, sofreu modificações significativas. Algumas delas impactam diretamente nos custos e na burocracia envolvida.

Se você é um profissional autônomo ou dono de um negócio e ainda tem dúvidas sobre as mudanças realizadas, este artigo é para você. Preparamos uma pequena lista com as questões mais significativas sobre o assunto e os aspectos de adaptação.

Vejamos o que muda na sua emissão de boletos e quais as influências disso para você e sua empresa.

O Registro Bancário

A mudança realizada foi que o boleto emitido, daqui para frente, deve ser registrado no sistema bancário. Assim, a instituição responsável terá de antemão as informações de cobrança que possibilitam a transação entre as partes.

Isso confere maior segurança ao processo, no entanto provoca um certo entrave. Caso seja necessária alguma modificação para corrigir o boleto emitido inicialmente, é necessário que um arquivo de remessa com todas as informações da transação a ser realizada, seja enviado ao banco.

Trata-se de um processo que era inexistente na modalidade sem registro.

A Cobrança Tarifária

Um segundo aspecto de modificação provocado pela extinção do boleto sem registro, se refere à cobrança de tarifas por parte do banco. Anteriormente o mais comum era que a instituição realizasse a cobrança sobre o boleto apenas quando o mesmo fosse pago através de sua rede.

Na modalidade com registro, existem múltiplas possibilidades de cobrança, que podem se basear nos seguintes aspectos:

  • Emissão de boletos;
  • Cancelamentos;
  • Modificações
  • Quaisquer outras necessidades de manipulação/modificação do boleto.

Assim, os custos do processo aumentam consideravelmente, especialmente para organizações que possuem um fluxo elevado de emissões.

Protestando seu Boleto

Nem todas as notícias são ruins para os empreendedores. Nos casos em que os boletos registrados estejam associados a títulos de crédito, caso os mesmos não sejam pagos, existe a possibilidade de protesto. Os riscos de inadimplência tornam-se mais controlados.

Aprimorando a Rastreabilidade

Outro aspecto que muda positivamente em relação ao boleto não registrado é que a rastreabilidade de cada documento se tornou muito mais simples. É fácil e rápido associar um pagamento ao respectivo cliente, além de identificar informações mais detalhadas, como o momento do pagamento e o produto pelo qual se recebeu.

O Funcionamento do Boleto Registrado

No princípio de 2018 já estarão valendo as novas regras de registro de boletos. Dessa forma o ideal é agilizar as modificações para assegurar a adequação o quanto antes.

Se você precisa de informações mais detalhadas sobre as novas regras a serem aplicadas nas emissões dos boletos, saiba que a FEBRABAN (Federação Brasileira de Bancos), no intuito de auxiliar empreendedores na transição, desenvolveu uma cartilha com o detalhamento das modificações. Você pode acessá-la, clicando aqui.

Integrando a Nova Modalidade ao Seu Sistema de Gestão

Um aspecto muito importante se refere à integração do boleto registrado ao seu ERP. De acordo com as modificações apresentadas, é preciso que você avalie tudo aquilo que deve ser alterado na plataforma e em seus processos para atender às novas exigências e sistemáticas de trabalho.

Não é um projeto simples e envolve fatores técnicos do software. É preciso revisar todas as tarefas automatizadas por meio do sistema e avaliar o que muda na captação e tratamento dos dados. Além disso, é essencial entender quais outras mudanças estruturais serão demandas pelos novos requisitos de emissão de boletos.

Tudo isso faz grande diferença, uma vez que o software só tem sentido quando é alinhado a processos corretamente estruturados e quando recebe dados fidedignos.

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